E falando em detalhes, me fez recordar de certa vez quando a
minha avó Graça esteve em minha casa e, na ocasião, eu fui passar uma peça de
roupa e ela ficou ali perto só observando, dali a pouco ela soltou: - “Filha,
você não passa a roupa, você engoma!”. Oiii? Aquela frase me marcou, ficou em minha
mente até hoje. E com as festas, confesso, não é muito diferente, chego a colar
pinguinhos de luz um a um e as pérolas, então??? Isso será toque, transtorno
compulsivo, algo parecido, minha gente?! Não respondam, por favor, não respondam!!!
Deixe para um profissional tal avaliação. Rsrsrsrs.
A minha vovó, Graça, com os meninos
Mas, eu até tenho uma notícia boa... Nem tudo está tão perdido
assim neste quesito para mim. De alguns tempos para cá, eu estou tentando me controlar e ser prática - na maioria das vezes – claro, sem perder o
capricho, principalmente nos ‘frus frus’ das minhas festinhas. Sim, nas festas,
pois, ultimamente aqui em casa, minha gente... aqui em casa, sem a tal ‘santa’
e ‘extinta’ ajudante do lar, muita louça tem dormido na pia. Antes? Antes se
isso acontecesse eu morreria, fato. Agora, já consigo passar e dar aquela olhadinha
básica, mas bem rápida, sabe? E seguir. Com certeza, tenho feito esse exercício
diário de ter em mente que não podemos fazer tudo e não somos super, plus, master,
mega, power e flex, não é mesmo? Isso ainda é motivo de concentração, mas,
estou quase lá. Então, sigamos!
Todo mundo sabe que organizar festas não é nada fácil. Pode
até ser uma reuniãozinha com os amigos ou familiares, sempre tem algo a
providenciar ou uma outra coisinha que ficou faltando. E muita gente me
pergunta: - “Como é que você consegue fazer as festas, cuidar dos meninos, ir a
academia e etc...?” A pergunta era
feita principalmente quando eu ainda trabalhava em assessoria de imprensa do
governo... pense? Pois é... O meu segredo hoje é fazer tudo que tenho de fazer,
sempre lembrando das prioridades do dia e tendo a clareza de que muitas vezes
alguma coisa vai ficar para depois e que nem tudo poderá ser feito hoje. Uau! É
isso!
Para nós que somos mães, então, temos e devemos de confiar
nos cuidados do marido com as crianças, por exemplo. A nossa tendência é de sempre
criticar: o banho que ele deu e não esfregou bem os pés ou o lanche que ficou
atrasado, o almoço que foi trocado por biscoitos e por aí vai... Nãooo, gente!!!!...
as crianças não vão morrer caso passem por isso algumas (muitas) vezes nas mãos
deles. Pode confiar! Eu já fiz vários testes e os meus filhos estão aqui,
salvinhos! Rsrsrs...
Biel dormindo no chão, pelado. Cheguei em casa um dia e me deparei com a cena.
Ao lado, os meninos no 'banho duplo' que o pai deu neles...
A rotina
Victor e eu costumamos brincar que hoje a nossa rotina está
bem parecida com a de casais norte-americanos. Sem empregada e diaristas, nós
mesmo estamos fazendo as tarefas de nossa casa, além das ‘tarefas de casa’ da
escola dos meninos e tudo o mais. Nos dividimos em tudo, tudo mesmo, tipo
revezamento, sabe?
Teve um dia que foi bem engraçado. Ele saiu de casa para
atender às 8h, de moto, o trânsito de Brasília está aquele caos que todos nós
já sabemos, portanto, optamos por ter um carro e uma moto. Eu já tinha ido até
o parque correr e voltado. Ele chegou em casa às 9h30 e o almoço já estava
pronto e a casa ‘um pouco’ organizada (ah, detalhe, compramos um aspirador de
pó que mudou a nossa vida, pois, os farelos de biscoito das crianças e os meus
cabelos que ficavam espalhados pela casa toda já não são mais problemas, além
de uma máquina de lavar roupas SUPER, que lava, seca e passa – rsrsrsrs.
Brincadeira, ela seca, mas, saí tão quente e esturricada que não precisa mais
de ‘engomar’ as roupas, como diz a minha vovó J)
Então, ele chegando me rendeu e eu saí correndo rumo a uma
visita em um local de festa, quando retornei as crianças já estavam de banho
tomado, tarefa de casa feita e estavam bonitinhos de uniforme e almoçando (isso
não é perfeito?) a partir dali o tempo é só mesmo o de fazer as lancheiras e
sair correndo para a escola.
Quem me dera se todos os dias fossem assim.... ah, com
certeza, não é. Tem dias que eles vão sem banho mesmo para a escola e eu fecho
os olhos e só vou pedindo à Deus para não encontrar a minha mãe pelo caminho,
porque se ela cheirar o cabelo de um deles, daí já ouviu né? Hahahaha.
Bom, mas apesar de todas as obrigações de uma detalhista que
é ‘dona do próprio negócio’ e da ‘própria casa’, eu avalio que estou em uma
ótima fase, acho que a melhor. Principalmente, para a vida das crianças, eu sei
que muitas pessoas não tem outra opção que não deixar os seus filhos em
escolinhas integral ou aos cuidados de uma babá. Graças a Deus para nós tal
possiblidade tornou-se nula, não cogitamos mesmo passar o dia todo longe deles.
Graças à Deus – mesmo - por essa rotina! Apesar de eu ter a certeza de que
muitas vezes eu não rendo o que precisaria no trabalho ou não tenho mais tanto
tempo de ir a um salão de beleza ou a minha massagem, mas, no entanto, tenho a
consciência de que esse foi o melhor caminho para a nossa família, neste
momento.
Hora Boa!
Já no outro período do dia os dois vão para a escolinha J juntinhos (exceto quando doentes,
porque daí já é outra logística... aff...) e assim a vida vai seguindo entre
festas, detalhes e o levar e o buscar de crianças. Bom, por enquanto está dando
certo e também podemos contar com a ajuda das avós nos fins de semana, em dias
de festa, quando coincide de o victor também atender no consultório, geralmente
aos sábados pela manhã.
Com isso tudo que relatei aqui, posso concluir que eu aprendi
que a vida vai se encaixando e tudo ficando no lugar e quando menos esperamos,
vem mudanças e, muitas vezes, elas nos assustam, mas, para tudo tem um jeitinho.
Não é? Seria ótimo se saísse tudo como o planejado, mas, também não é de tudo ruim
quando usamos o famoso ‘jogo de cintura’, porque a vida tem de seguir mesmo tendo
de ajustar a carroça com os bois andando. Então, sigamos!
Beijos da Beta Belyse ;)
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