“Ser empreendedor é tirar de onde não
tem e colocar onde não cabe”. Nizan Guanaes, soube resumir muito bem o que
estou sentindo na pele, desde o dia que resolvi embarcar nessa. Augusto Cury
foi muito mais profundo: “Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que
haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por
lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É
ter a consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não
esperar uma herança, mas construir uma história”. Intenso, não?
Pois bem, nos últimos dias tenho
estudado bastante sobre esse ‘meu novo mundo’ e junto com isso tenho tido
muitas descobertas e vivido intensamente. Foi outro dia desses que tornei-me
empreendedora e, claro, sem excluir todos os outros “cargos” que já existiam em
minha vida. Mas, a sensação que eu tenho é que vivo isso há anos e, confesso,
muitos questionamentos passam diariamente por minha mente, no entanto, ter
conseguido chegar a algumas conclusões já foi ótimo. A minha primeira conclusão
é que A melhor maneira de
aprender seja o que é for, é fazendo.
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Em março deste ano, na inauguração da Loja A Festa, com a minha sócia e grande amiga, Lu Salles |
Eu me tornei empreendedora pra
valer paralelo a um momento em que estava realizando uma série de sonhos
pessoais (A minha empresa já existia virtualmente há mais ou menos um ano e
meio, no entanto, em um volume bem menor). E, passar a me dedicar integralmente
ao meu próprio negócio e de ‘brinde’ à minha família, seria sem dúvida, para
mim, chegar ao ápice. SÓ QUE NÃO. Definitivamente, não. A vida melhorou em
muitos sentidos, no entanto, há uma longa estrada a trilhar pela frente e eu tenho
a clareza disso. Duas frases eu passei a vida toda escutando e delas até hoje
me lembro sempre: “ser empresário não é fácil, mas é muito bom” e a
outra é “ser mãe é padecer no paraíso”. Hum... hoje eu digo que captei a vossa
mensagem. Ou melhor, estou no meio do processo, mas, certa de que essas duas
frases resumem muito bem o meu hoje, de alguma forma.
Recentemente vivi uma situação marcante.
O dia do qual me refiro foi um dia daqueles... me dividi em mil novecentos e
noventa e nove funções, incluindo, claro, a parte ser “mãe” da história, e no
meio disso tudo, parei e fiquei contando quantas eu mesma deveria ser! Não seria
possível ter conseguido realizar tantas coisas em um só dia! Enfim, foi quando cheguei,
esbaforida, no banco e de frente ao meu gerente escuto a seguinte frase: - “Você
precisa de um financeiro”. Oi???? Naquele momento o meu ‘planeta empresarial’ parou
por alguns segundos. Sim, claro, eu preciso de um financeiro, um boy, mais
funcionários, etc, etc e etc .... Na verdade, eu preciso de tantas coisas que
nem caberia aqui neste post (rsrsr). Mas foi exatamente depois deste episódio
que pude refletir sobre
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Nascimento do João Victor, em 2009 |
E não é que eu consegui! O extinto
materno saltou de dentro de mim e eu consegui passar por muitos desafios que a
maternidade me trouxe. O primeiro banho, as noites mal dormidas, as cólicas, os
choros, o desmame, o dia que tive de deixar o bebê e retomar ao trabalho (uma
das partes mais difíceis, considero). Eu me recordo que a coitada da minha mãe ia
até a minha casa e voltava falando “ah, eles não precisam de mim... estão
fazendo tudo!" Pois bem, passei por todas aquelas ‘adversidades’ e hoje estou
aqui vivinha para conta a história, não é? As coisas vão se encaixando, gente, e
ainda, três anos depois, veio o meu segundo bebê que foi mil vezes mais fácil,
graças a minha experiência vivida anteriormente. Então, fazendo essa comparação
da chegada do bebê, momento de grande mudança em minha vida, com aquele momento
‘stop’ do banco, me veio uma força e ânimo para continuar e afirmar: eu sou uma
empreendedora (pra valer) e me tornar isso implica em mudar, transformar a minha
perspectiva sobre a vida e compreender que a segurança e o sucesso estão
diretamente relacionados com a sua atitude e emprenho.
Meus dois meninos (João Victor e Gabriel) |
Hoje eu tenho a plena clareza de que
ainda ‘cheiro a bebê’ no mundo empresarial e na vida materna ainda aprendo
diariamente também. Mas, enfim, todo dia é um desafio diferente, uma busca constante
pelo novo, pelo aumento da qualidade e você vai mudando daqui, puxando dali e
vai... vai! Não tem outra forma, temos de ir! Até aqui eu aprendi que o
empreendedorismo é fazer sem que te peçam ou te ordenem absolutamente nada, é aprender
por meio da tentativa e erros, muitos erros. No entanto, sempre compreendendo
que se erra muito para poder acertar. Saí daquela agência bancária bastante
reflexiva, porém, cheias de ideias, de buscas... E percebi que, desde o momento
em que me tornei mãe pela primeira vez eu não sou mais aquela mulher insegura,
com medo de chegar em casa com uma criança nos braços... E isso, de alguma
forma, me trouxe uma referência e um alento. É, minha gente, definitivamente a melhor maneira
de aprender seja o que é for, é fazendo”.
Nós três |
Meu Gabriel |
Meu João Victor |
Para quem não conhece o trabalho da A Festa, anota aí:
www.afestabl.com.br
@afesta_bl
facebook.com/afestabl
Beijo da Beta Belyse ;)
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