segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Entre eu e eu mesma e o tal do empreendedorismo

“Ser empreendedor é tirar de onde não tem e colocar onde não cabe”. Nizan Guanaes, soube resumir muito bem o que estou sentindo na pele, desde o dia que resolvi embarcar nessa. Augusto Cury foi muito mais profundo: “Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter a consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história”. Intenso, não?

Pois bem, nos últimos dias tenho estudado bastante sobre esse ‘meu novo mundo’ e junto com isso tenho tido muitas descobertas e vivido intensamente. Foi outro dia desses que tornei-me empreendedora e, claro, sem excluir todos os outros “cargos” que já existiam em minha vida. Mas, a sensação que eu tenho é que vivo isso há anos e, confesso, muitos questionamentos passam diariamente por minha mente, no entanto, ter conseguido chegar a algumas conclusões já foi ótimo. A minha primeira conclusão é que A melhor maneira de aprender seja o que é for, é fazendo

Em março deste ano, na inauguração da
Loja A Festa, com a minha sócia e
grande amiga, Lu Salles
Eu me tornei empreendedora pra valer paralelo a um momento em que estava realizando uma série de sonhos pessoais (A minha empresa já existia virtualmente há mais ou menos um ano e meio, no entanto, em um volume bem menor). E, passar a me dedicar integralmente ao meu próprio negócio e de ‘brinde’ à minha família, seria sem dúvida, para mim, chegar ao ápice. SÓ QUE NÃO. Definitivamente, não. A vida melhorou em muitos sentidos, no entanto, há uma longa estrada a trilhar pela frente e eu tenho a clareza disso. Duas frases eu passei a vida toda escutando e delas até hoje me lembro sempre: “ser empresário não é fácil, mas é muito bom” e a outra é “ser mãe é padecer no paraíso”. Hum... hoje eu digo que captei a vossa mensagem. Ou melhor, estou no meio do processo, mas, certa de que essas duas frases resumem muito bem o meu hoje, de alguma forma. 


Recentemente vivi uma situação marcante. O dia do qual me refiro foi um dia daqueles... me dividi em mil novecentos e noventa e nove funções, incluindo, claro, a parte ser “mãe” da história, e no meio disso tudo, parei e fiquei contando quantas eu mesma deveria ser! Não seria possível ter conseguido realizar tantas coisas em um só dia! Enfim, foi quando cheguei, esbaforida, no banco e de frente ao meu gerente escuto a seguinte frase: - “Você precisa de um financeiro”. Oi????  Naquele momento o meu ‘planeta empresarial’ parou por alguns segundos. Sim, claro, eu preciso de um financeiro, um boy, mais funcionários, etc, etc e etc .... Na verdade, eu preciso de tantas coisas que nem caberia aqui neste post (rsrsr). Mas foi exatamente depois deste episódio que pude refletir sobre
Nascimento do João Victor, em 2009
o meu momento e os tantos questionamentos que passaram por minha cabeça, simultaneamente. Foi ali que eu fiz um paralelo da minha vida hoje com uma outra parte também muito importante de minha vida, que me trouxeram muitas mudanças, foi quando ganhei o meu primeiro bebê, em 2009. Assim que eu deixei a maternidade e abri a porta de casa, com o João Victor nos braços, parei na entrada e pensei: “E a-go-ra, Jesus?” Era um misto de pane com paralisia, sabe? E a única certeza que eu tinha era: não vou morer, eu não vou morre! A minha vida não está correndo perigo, eu tenho saúde! Rsrsrs...

E não é que eu consegui! O extinto materno saltou de dentro de mim e eu consegui passar por muitos desafios que a maternidade me trouxe. O primeiro banho, as noites mal dormidas, as cólicas, os choros, o desmame, o dia que tive de deixar o bebê e retomar ao trabalho (uma das partes mais difíceis, considero). Eu me recordo que a coitada da minha mãe ia até a minha casa e voltava falando “ah, eles não precisam de mim... estão fazendo tudo!" Pois bem, passei por todas aquelas ‘adversidades’ e hoje estou aqui vivinha para conta a história, não é? As coisas vão se encaixando, gente, e ainda, três anos depois, veio o meu segundo bebê que foi mil vezes mais fácil, graças a minha experiência vivida anteriormente. Então, fazendo essa comparação da chegada do bebê, momento de grande mudança em minha vida, com aquele momento ‘stop’ do banco, me veio uma força e ânimo para continuar e afirmar: eu sou uma empreendedora (pra valer) e me tornar isso implica em mudar, transformar a minha perspectiva sobre a vida e compreender que a segurança e o sucesso estão diretamente relacionados com a sua atitude e emprenho.  
Meus dois meninos (João Victor e Gabriel)


Hoje eu tenho a plena clareza de que ainda ‘cheiro a bebê’ no mundo empresarial e na vida materna ainda aprendo diariamente também. Mas, enfim, todo dia é um desafio diferente, uma busca constante pelo novo, pelo aumento da qualidade e você vai mudando daqui, puxando dali e vai... vai! Não tem outra forma, temos de ir! Até aqui eu aprendi que o empreendedorismo é fazer sem que te peçam ou te ordenem absolutamente nada, é aprender por meio da tentativa e erros, muitos erros. No entanto, sempre compreendendo que se erra muito para poder acertar. Saí daquela agência bancária bastante reflexiva, porém, cheias de ideias, de buscas... E percebi que, desde o momento em que me tornei mãe pela primeira vez eu não sou mais aquela mulher insegura, com medo de chegar em casa com uma criança nos braços... E isso, de alguma forma, me trouxe uma referência e um alento. É, minha gente, definitivamente a melhor maneira de aprender seja o que é for, é fazendo”.

Nós três

Meu Gabriel

Meu João Victor
















Para quem não conhece o trabalho da A Festa, anota aí:

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Beijo da Beta Belyse ;)


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